postado em 10/05/2008 14:39
O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), por intermédio de sua assessoria, afirmou que a denúncia do Ministério Público (MP) por formação de quadrilha, fraude processual e crime eleitoral, foi "feita em palanque" e não foi confirmada por "nenhuma das 60 a 70 prefeituras beneficiadas com emendas parlamentares" apresentadas por ele.
No documento apresentado ontem pelo MP, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza diz que o governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), e o senador Perillo "foram mentores e principais beneficiários de um esquema de captação ilícita de recursos, utilização de notas fiscais frias, pagamento de despesas de campanha por meio de laranjas e outras fraudes eleitorais"
Segundo a assessoria de imprensa de Perillo, "o senador sente-se aliviado com a informação de tramitação (do inquérito) no Supremo (Tribunal Federal, STF), já que o fato de existir algo por ser julgado possibilita o uso político por parte de adversários, ávidos por pré-julgar sob a ótica de sua conveniência política".
O advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay disse não ter conhecimento da abertura de um novo inquérito no STF, mas considerou a iniciativa positiva. "Finalmente o senador terá oportunidade de se pronunciar sobre esse episódio e o caso poderá ser arquivado. Este caso é fruto de embate político, muito antigo, que surgiu durante a campanha, há 12 anos. O senador não tem nenhum envolvimento e há muito tempo esperamos que ele seja ouvido", afirmou o advogado.
O processo tramita no Supremo Tribunal Federal desde o ano passado, depois das eleições de 2006, mas a denúncia só foi apresentada ao ministro que relata o caso, Ricardo Lewandowski, no dia 28 de março deste ano