Politica

Corpo de Artur da Távola é enterrado no Rio

Autoridades, artistas e intelectuais participaram do sepultamento.O velório durou mais que o esperado e houve atraso no enterro que estava previsto para as 16h.

postado em 10/05/2008 19:08
O corpo do jornalista e ex-senador Artur da Távola (PSDB-RJ) foi enterrado por volta das 17h deste sábado no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Autoridades, artistas e intelectuais participaram do sepultamento. O corpo de Távola foi levado para o cemitério após ter sido velado no saguão Getúlio Vargas no Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa.

Távola morreu na tarde de ontem aos 72 anos no Rio de Janeiro enquanto dormia, em seu apartamento. Ele sofria de problemas cardíacos desde agosto do ano passado, quando esteve internado por longo período.

O corpo do jornalista passou a noite no apartamento em que morava no Leblon, zona sul da cidade e depois foi levado para a Assembléia. O velório durou mais que o esperado e houve atraso no enterro que estava previsto para as 16h.

Távola iniciou sua carreira política em 1960. Foi deputado estadual do PTN pelo antigo Estado da Guanabara. Dois anos depois se elegeu deputado constituinte pelo PTB. Cassado pelo regime militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. No retorno ao Brasil, assumiu o pseudônimo de Artur da Távola (seu nome verdadeiro era Paulo Alberto Monteiro de Barros).
Foi um dos fundadores do PSDB, onde exerceu mandatos de deputado federal até 1995, e de senador (1995-2003). Em 2001, ocupou o cargo de secretário municipal de Cultura do Rio. Em 1988, concorreu à Prefeitura do Rio de Janeiro, mas não foi eleito. Ele era o atual diretor da rádio Roquette Pinto, do governo do Estado.

Ele fazia o programa "Quem tem medo de música clássica", para a TV Senado. Também escrevia crônicas para o jornal "O Dia". O jornalista também teve programas na rádio MEC e na TV Cultura.

Nota

Em nota oficial, o PSDB lamentou a morte do ex-senador. O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse que Artur da Távola era um dos "grandes homens públicos do seu tempo".

"Artur da Távola foi para a minha geração uma grande referência. Fui seu colega na Constituinte, e ele era dos formuladores, dos políticos brasileiros mais consistentes", disse Aécio.

"Fica aí uma lacuna muito grande, mas ficam, sobretudo, os seus exemplos e a capacidade que ele teve de conciliar uma militância política muito efetiva com uma densa e profunda atividade cultural. Então ele era um homem público diferenciado e por isso a sua perda é maior ainda para todos nós."

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