O Hospital Regional de Santa Maria pode dar uma dor de cabeça para o deputado Paulo Roriz (DEM). O Ministério Público do Distrito Federal investiga a atuação de funcionários do escritório político do parlamentar que cadastraram cidadãos para ganhar emprego na unidade médica. Há suspeita de que o distrital pretendia interferir na escolha dos profissionais que vão trabalhar no prédio de 42 mil metros quadrados inaugurado há duas semanas pelo governador José Roberto Arruda (DEM).
O problema é que o hospital será administrado por uma organização social, sem fins lucrativos. Uma entidade que deverá ser escolhida por consulta pública ficará encarregada da compra dos equipamentos, contratação de funcionários e da prestação dos serviços. Uma lei aprovada em março na Câmara Legislativa permitiu a terceirização da gestão da unidade de saúde. A suspeita de promotores é de que a seleção seja um jogo de cartas marcadas, definido com a interferência de Paulo Roriz.
Investigadores da área de inteligência do Ministério Público acompanham a movimentação do distrital à distância. O escritório do distrital em Santa Maria foi fotografado e pelo menos uma funcionária teve as conversas gravadas quando recolhia currículos de pessoas interessadas em trabalhar no hospital, inclusive na função de médico. No diálogo, a servidora diz que não há garantia de emprego, mas cita o nome de uma entidade de ensino superior como a provável encarregada da administração do hospital. Os dados estão gravados num CD.
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