Politica

Jorge Viana recusa convite por querer disputar Senado em 2010

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postado em 14/05/2008 18:41
O ex-governador do Acre Jorge Viana (PT) recusou nesta quarta-feira o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir a ex-Marina Silva, no Meio Ambiente, alegando três razões. Interlocutores contaram que Viana disse que quer continuar no Conselho de Administração da Helibras (única fabricante de helicópteros da América Latina), que pretende sair como candidato a senador em 2010 e ainda que não gostaria de entrar em confronto com a ex-ministra. Para evitar um desconforto público para Lula e o próprio Jorge Viana, os dois decidiram que não ocorreria a confirmação de que houve um convite. Tanto é que o presidente negou que tenha ocorrido uma recusa de Viana. "Não [isso não ocorreu], ele [Jorge Viana] veio aqui [no Palácio do Planalto] para tratar de assunto", tentou desconversar o presidente, ao ser questionado sobre o encontro com Viana. No entanto, Viana e Lula conversaram por cerca de uma hora pela manhã nesta quarta-feira. Oficialmente, Viana justificou que faz um trabalho que o agrada na Helibras e que pode colaborar com o governo federal ao desenvolver projetos de interesse nacional. Segundo ele, não faria sentido ainda ficar no governo por apenas dois anos já que pretende disputar as eleições para o Senado. Como amigo pessoal de Marina Silva, Viana justificou que substituir a ex-ministra poderia provocar problemas entre os correligionários que ambos têm em comum. Se isso ocorresse, ele teria dificuldades de vencer as eleições para o Senado, em 2010, que tanto deseja. O receio de ser mal-interpretado era tão intenso em Viana que logo após conversar com Lula, ele passou rapidamente pelo Senado e seguiu para o apartamento de Marina Silva. Na casa de Marina, Jorge e o irmão Tião Viana (PT-AC) conversaram. Segundo interlocutores, o principal temor do ex-governador era que Marina pudesse interpretar que ele estivesse traindo a amizade de ambos. Para parlamentares que acompanham as negociações, a recusa mantém Viana em uma posição confortável com Lula e a ex-ministra.

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