postado em 16/05/2008 13:22
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A delegada Marta Geny, da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) deu início às investigações para apurar os responsáveis pela troca de túmulos no Cemitério Campo da Esperança. Hoje cedo integrantes da CPI dos Cemitérios, funcionários e policiais civis foram até o local junto com parentes de pessoas enterradas e constataram a troca de caixões.
Vera Canfran perdeu a mãe no início do mês e fez o sepultamento no mesmo dia em que Margareth Gomes enterrava o seu pai. As covas estavam lado a lado. Vera voltou no dia seguinte e verificou que havia um novo sepultameto sendo realizado na mesma cova, onde tinha enterrado a mãe. Indignada, fez uma reclamação à direção do cemitério.
Ao voltar para visitar o túmulo, no Dia das Mães, Vera percebeu que haviam destrocado os caixões sem que ela tivesse sido comunicada. Decidiu fazer a denúncia à CPI dos Cemitérios, na Câmara Legislativa.
Os agentes da polícia civil recolheram material dos túmulos e conseguiram confirmar a troca de caixões pelos buquês de flores que foram jogados em cima dos caixões no momento do enterro. Segundo as filhas, as flores foram jogadas separadente e hoje foi possível ver que o buquê estava completo, inclusive com o papel celofane que envolve as flores.
O presidente da comissão, deputado Rogério Ulysses (PSB) disse que esta não é a primeira vez que a CPI recebe denúncia de irregularidades no Campo da Esperança e garantiu que todas serão apuradas. A delegada Marta Geny adiantou que os responsáveis poderão ser acusados pelo crime de violação de túmulo.
A assessoria de imprensa do Cemitério Campo de Esperança garante que não troca de lugar nem abre os túmulos sem a autorização da família ou judicial. A pessoa responsável pela gerência do cemitério, Ionê Marinho atende às solicitações dos parentes. Ainda segundo a assessora, o concessionário do cemitério, Francisco Moacir Pinto estará na CPI dos Cemitérios no dia 12 de junho para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidades.