postado em 16/05/2008 20:34
A aliança entre o PSDB e o PTB em torno da pr - andidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Prefeitura de São Paulo mal foi anunciada e os partidos já travam uma briga interna em torno do tipo de coligação. O PSDB oferece ao aliado a cadeira de vice e uma coligação para o cargo majoritário, mas o PTB não abre mão de uma coligação proporcional, que poderia dobrar sua bancada na Câmara Municipal.
Os partidos vão divididos para o anúncio da aliança na próxima segunda-feira (19) no diretório estadual do PTB. Segundo interlocutores ligados à executiva dos partidos, PSDB e PTB ainda não definiram o nome do vice nem se a coligação será proporcional.
A possibilidade de uma aliança proporcional vem aumentando o número de insatisfeitos no PSDB. Além de encontrar resistência na bancada de vereadores à candidatura Alckmin - 11 dos 12 vereadores do PSDB apóiam a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) -, a executiva estadual do partido agora enfrenta a ira dos pré-candidatos a vereadores, que antes apoiavam Alckmin.
Eles acreditam que, se a coligação não for apenas em favor do ex-governador, a bancada tucana, hoje com 12 vereadores, pode encolher para sete. Já o PTB diz que tem cacife para bancar a proporcional porque é o único partido que declarou apoio ao tucano e porque abriu mão de lançar candidato próprio, o deputado estadual Campos Machado.
A opção pela aliança causou desconforto no interior. Os candidatos nos outros municípios esperavam que a candidatura de Machado na capital atraísse votos para eles. Os petebistas esperam dobrar o número de cadeiras ocupada por seus vereadores. Hoje o partido conta com quatro parlamentares. Para ocupar a vaga de vice de Alckmin, Campos Machado, o principal articulador do PTB nas negociações com os tucanos, escolherá entre o deputado federal Arnaldo Faria de Sá e o senador Romeu Tuma.