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Alckmistas ampliam mobilização após aliança com PTB

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postado em 17/05/2008 11:31
O apoio do PTB à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo para as eleições municipais deste ano - aliança que será oficializada nesta segunda-feira (19/05) - mobilizou os tucanos defensores da candidatura própria a intensificar as atividades nesse período de pré-campanha.

Neste sábado (17/05), o Movimento Tucanos Pró-São Paulo realiza um ato na Zona Sul da Capital para instituir o "Dia do Militante Tucano". E a palavra de ordem de convocação da militância do PSDB não deixa nada a dever aos petistas: "Volte companheiro".

O chamamento dos alckmistas é uma alusão à divisão que vem ocorrendo na legenda em São Paulo, já que uma ala quer a manutenção da aliança com o Democratas do prefeito Gilberto Kassab, candidato à reeleição. "Convide seu vereador, sua executiva, seus delegados, seu pré-candidato, enfim, todos os tucanos que você conhece", diz o convite para o evento

Em outro trecho, o Movimento Tucanos Pró-São Paulo destaca: "Sabemos que alguns poucos companheiros ainda se encontram "fora do ninho", fazendo abaixo assinados, cartas, reuniões e ações que vão contra a vontade da maioria." E complementa: "Vamos nos empenhar para trazer os nossos companheiros de volta. Nossa palavra de ordem será: Volte companheiro! Neste Dia do Militante estaremos todos juntos.

Estatuto

Além da mobilização, os tucanos pró-Alckmin também se preparam para um eventual enfrentamento na Convenção Municipal da legenda que ocorrerá no mês de junho e é o fórum legal para referendar a candidatura do ex-governador paulista.

O grupo que defende a manutenção da aliança com o DEM, com Kassab na cabeça de chapa, garante que irá apresentar essa proposta na convenção, para "bater chapa" com Alckmin e levar a questão para votação dos convencionais. Se isso for efetivado, os alckmistas pretendem invocar o estatuto da legenda, que prevê candidatura própria da sigla no maior número de municípios nessas eleições.

"O estatuto é a lei do partido e a decisão de ter candidato próprio (Alckmin) corrobora essa decisão, o que poderia ser contestado era justamente o oposto, ou seja, o não lançamento de candidato e o apoio a alguém de outra legenda", diz um dos integrantes do Movimento Tucanos Pró-São Paulo.

Segundo o militante, essa também é a opinião dos advogados ligados à legenda e, por isso, ele acredita que, se a questão for mesmo para o embate, o estatuto do partido poderá ser invocado para referendar a candidatura do ex-governador paulista.

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