postado em 18/05/2008 15:21
Convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, detalhou neste domingo (18/05) algumas das condições que irá apresentar nesta segunda (19/05) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião que deve confirmar sua ida para a pasta e definir a data da posse. Entre as propostas, ele sugere que o Exército ajude a fiscalizar as unidades de conservação e que o País adote metas para reduzir o desmatamento a zero em sete anos.
Minc desembarcou pela manhã no aeroporto Antônio Carlos Jobim, vindo de Paris, onde estava quando confirmou ter recebido o convite do presidente. Ele rebateu as críticas dos ruralistas, que afirmam que ele é um "ecologista de Copacabana" que não entende da Amazônia, afirmando: "Se fosse elogiado pelos ruralistas, eu ficaria realmente preocupado."
Segundo ele, o afastamento da Marina sinalizou para o mundo que a Amazônia está indefesa. Essa foi a sinalização. "Na primeira entrevista, a imprensa estrangeira queria saber qual era a garantia de que a Amazônia não será devastada, já que a Marina , depois de diversas derrotas e enfraquecimentos, jogou a toalha. E eu, que não pedi para ser ministro, não queria ser, tive de explicar porque é que a Amazônia não vai virar carvão".
De acordo com Minc, não haverá avanço no desmatamento da floresta porque ele pretende manter a política da ex-ministra e boa parte dos quadros técnicos do ministério.