postado em 19/05/2008 15:36
O PTB anunciou nesta segunda-feira apoio ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições municipais de outubro. O PTB indicará o vice, que deve ser o deputado estadual Campos Machado, presidente da sigla no Estado.
A oficialização da aliança na sede estadual do PTB foi anunciada com uma provocação aos partidos que se coligaram ao DEM, do prefeito paulistano Gilberto Kassab. "Uma coligação não se faz apenas para conseguir um tempo na televisão. O PTB sempre esteve conosco e foi defensor dos programas do PSDB", disse José Henrique Reis Lobo, presidente municipal do PSDB.
O vice ainda não foi escolhido, mas Lobo sinalizou em seu discurso a opção por Campos Machado. "São Paulo vai estar bem servida com a eleição de Geraldo Alckmin e Campos Machado", disse. "Acho que ele e Geraldo Alckmin formam uma bela dupla." Oficialmente, no entanto, o nome não foi definido. "A palavra final será dada por nosso presidente Campos Machado", disse o senador Romeu Tuma (PTB), um dos nomes para ocupar o cargo. Outra indefinição é quanto ao tipo de candidatura. O PTB não abre mão da proporcional, que encontra resistência entre os pré-candidatos a vereador pelo PSDB. "Por enquanto a coligação é majoritária, mas a proporcional ainda está em discussão", afirmou o pré-candidato.
Campos Machado foi mais incisivo. "Vamos defender a coligação proporcional com unhas e dentes". Se isso ocorrer, o partido espera dobrar o número de vereadores na Câmara, hoje com quatro nomes. Quanto à pesquisa Datafolha, divulgada ontem, Alckmin disse que ficou feliz, mas que ela só mostra o atual momento. "Pesquisa é um termômetro do momento. Ela nos deixa feliz, mas não vou andar por aí com um salto Luiz 15", disse.
A última pesquisa Datafolha mostra que a ministra Marta Suplicy (PT) e Alckmin (PSDB) continuam tecnicamente empatados na liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo. Marta tem 30% e Alckmin, 29%. Já Kassab segue isolado na terceira colocação, com 15%. Alckmin disse que espera crescer ainda mais durante a campanha porque apareceu bem na última pesquisa apesar de não integrar nenhum governo. "Eu sou o único candidato que não tem cargo nem mídia." Questionado se ele vai deixar o cargo de prefeito em 2010 - caso ele seja eleito - para concorrer ao governo do Estado, ele disse que não. "Vou ficar os quatro anos. Eu sou o que menos precisa de candidato a prefeito se eu quiser ser governador ou presidente."