Politica

Senador tucano acusa ex-secretário da Casa Civil de mentir à CPI

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postado em 20/05/2008 18:08
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acusou nesta terça-feira José Aparecido Nunes Pires, ex-secretário de controle interno da Casa Civil, de ter mentido à CPI dos Cartões Corporativos durante seu depoimento nesta terça-feira. Dias disse que, ao contrário do que afirmou o ex-secretário, ele não rompeu relações com seu assessor parlamentar André Fernandes em 2004, como argumentou à CPI. Aparecido disse que, na época, teve uma desavença com Fernandes depois que o assessor lhe encaminhou um requerimento de Dias com indagações sobre a conduta de servidores do Tribunal de Contas da União (TCU) - órgão do qual o ex-secretário foi cedido ao Palácio do Planalto. "O requerimento de minha autoria foi encaminhado ao governo no dia 22 de março de 2005, não em 2004. Vossa Senhoria disse que esse requerimento indagava sobre servidores do TCU, mas não era sobre servidores. A primeira mentira: não foi em 2004, mas em 2005. A segunda: não dizia respeito a servidores somente do TCU, mas de órgãos da administração pública", esclareceu Dias. Como o ex-secretário presta depoimento com um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que impede a sua prisão mesmo que falte com a verdade, a oposição não defendeu punições a Aparecido diante da sua suposta mentira. Os governistas, ao contrário, defenderam que Fernandes seja indiciado por faltar com a verdade também durante o depoimento à comissão, nesta terça-feira. Os governistas acusaram Fernandes de ter mentido à CPI quando afirmou que não pediu emprego a Aparecido no governo federal, em 2003. O ex-secretário disse à CPI que recebeu o currículo de Fernandes, que teria cogitado a "possibilidade" de ser empregado no governo. "Ele me mandou o currículo por e-mail, mas não disse porquê. Ele teria cogitado essa possibilidade [de conseguir emprego]", disse Aparecido à CPI. O deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL) disse que a comissão deve encaminhar a contradição à Polícia Federal para que investigue se houve má fé do assessor parlamentar. Quintella disse que Fernandes não pode mais ser preso por faltar a verdade uma vez que o flagrante na CPI não ocorreu.

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