postado em 22/05/2008 09:12
O secretário de Administração da Casa Civil, Norberto Temóteo Queiroz, está preocupado. Ele sabe que a Polícia Federal pretende intimá-lo nos próximos dias para depor sobre o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Terá que assumir, perante aos investigadores do caso, a responsabilidade pelo documento ou entregar a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito da ministra da pasta, Dilma Rousseff, a não ser que apresente uma versão nova para o episódio.
Queiroz se tornou o próximo passo da investigação depois que José Aparecido Nunes Pires, ex-secretário de Controle Interno da Presidência da República, afirmou que recebeu dele o pedido para ceder dois funcionários ao grupo de trabalho que levantaria o banco de dados com suprimento de fundos.
Um desses servidores, Marcelo Veloso, repassou a Aparecido a planilha com as despesas de Fernando Henrique. O documento foi enviado por e-mail a André Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), em 20 de fevereiro. A polícia quer saber quem montou esse arquivo e por que ele foi feito. Tenta descobrir se o banco de dados foi confeccionado com o objetivo único de constranger alguém.
Ciente de que o alvo agora é Queiroz, a oposição propôs um acordo à base do governo: desistir da acareação entre o ex-secretário da Presidência e Fernandes em troca de aprovar a convocação do secretário de Administração da Casa Civil. É a última carta para tentar salvar a investigação parlamentar sobre o assunto.
Para a CPI, Aparecido é passado. A prova disso é que foi cancelada por falta de quorum a sessão marcada na manhã desta quarta-feira (21/05) para terminar o depoimento dele que começou na terça-feira. Uma outra reunião será realizada na próxima terça.
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