postado em 23/05/2008 15:28
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve convocar nos próximos dias o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), para uma reunião. Segundo informou a Agência Estado, o objetivo seria o de discutirem a portas fechadas questões ambientais. Antes mesmo da posse, Minc ;elegeu; Blairo como inimigo da floresta em declarações sobre desmatamentos ilegais na Amazônia e plantio de soja ;até nos Andes;. Maggi rebateu as declarações do novo ministro que afirmou, sem citar números, que o desmatamento aumentou 60% no estado este ano, conforme deve ser anunciado na próxima segunda-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
;Eu ainda não conheço os números e acredito que em Mato Grosso vamos continuar tendo uma redução no desmatamento em relação à média do ano anterior. Se formos olhar o que vem acontecendo de 2005 para cá, todos foram anos em que nós tivemos uma redução bastante grande do desmatamento;, disse Maggi, evitando polemizar com o Minc sobre números, a exemplo do que ocorreu com a ex-ministra Marina Silva.
Maggi lamentou que a ;a pressão sobre o estado de Mato Grosso é maior do que nos outros estados, até porque nós temos aqui uma agricultura muito forte e uma pecuária mais forte ainda, o que não tem nos outros estados. Mas isso também não nos dá direito de aceitar o que está errado;, disse ele. Em nota divulgada ontem, o governo de Mato Grosso abriu uma nova polêmica com o Inpe. ;Como acontece todas as vezes que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulga dados sobre o desmatamento na Amazônia, a fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) sai a campo para verificar ponto a ponto os dados divulgados referentes a Mato Grosso. O trabalho dos fiscais tem mostrado que os números do Inpe apresentam uma distorção, já que, em geral, os percentuais de desmatamento verificados in loco em Mato Grosso são menores, como o próprio Inpe já admitiu;, diz o texto.