postado em 27/05/2008 10:22
O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, toma posse nesta terça-feira (27/05) no Palácio do Planalto. Na semana passada, após cerca de uma hora de conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff, Minc afirmou que recebeu o apoio de Lula para levar adiante a idéia de montar uma guarda nacional ambiental nos moldes da Força Nacional de Segurança e manter a decisão de vetar licenças ambientais para os produtores da área da Amazônia que desobedecerem as regras de preservação.
Ele disse ainda ter escolhido Isabela Teixeira como sua secretária-executiva no ministério. Ela era sua assessora direta na Secretaria de Meio Ambiente do Rio.
Na ocasião, Minc afirmou também que o Programa Amazônia Sustentável (PAS), apontado como a gota d´água que teria motivado a demissão de Marina Silva do governo, vai ser mantido sob a gestão do ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos).
"Ele [Unger] foi designado porque entre outras coisas é um pensador, um formulador, e é respeitado pela academia", disse. De acordo com ele, o ideal é montar uma equipe vinculada ao PAS para manter o diálogo com os governadores da região da Amazônia Legal, que reúne nove estados.
Ao ser nomeado, Minc convidou o ex-governador do Acre Jorge Viana para assumir a função de secretário-executivo do PAS. Mas Viana recusou o convite.
O novo ministro se esquivou ainda de entrar em choque com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que disse esperar que o futuro titular do Meio Ambiente fosse menos rigoroso que Marina Silva na concessão de licenças ambientais. O futuro ministro disse não ter ouvido as declarações de Lobão, mas adiantou que será rigoroso, embora ágil, na concessão de licenças. "Fui duas vezes mais rigoroso do que o padrão nacional [no Rio de Janeiro]."