Politica

CPI rejeita convocação de servidor suspeito de coordenar montagem de dossiê

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postado em 27/05/2008 13:09
A CPI dos Cartões Corporativos rejeitou nesta terça-feira (27/05) a convocação do secretário de administração da Casa Civil, Norberto Temóteo, apontado como o responsável por coordenar os trabalhos de montagem do dossiê com gastos da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em depoimento à comissão, na semana passada, o ex-secretário de controle interno da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires disse que Temóteo lhe pediu que cedesse dois funcionários para auxiliarem na montagem do "banco de dados" no órgão com informações da gestão tucana. Com ampla maioria na CPI, os governistas rejeitaram a convocação do secretário da Casa Civil por 12 votos a seis. A base aliada do governo se mobilizou para rejeitar todos os requerimentos de convocação que estão na pauta da CPI, nesta terça-feira, com o objetivo de acelerar o fim dos trabalhos da comissão. O deputado Índio da Costa (DEM-RJ) tentou convencer os governistas a aprovarem o requerimento, mas não teve êxito diante da disposição dos aliados de encerrarem os trabalhos da comissão nesta semana. "Talvez a vinda do Norberto possa aquietar essas nossas dúvidas", afirmou o parlamentar. O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI, quer apresentar o seu texto final nesta quinta-feira sem incluir as investigações sobre o dossiê. A Folha Online apurou que o Palácio do Planalto determinou à base aliada que encerre os trabalhos da CPI para tirar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) do foco do Congresso. Os trabalhos da comissão estão previstos para terminarem dia 8 de junho, mas a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), presidente da CPI, sugeriu que fossem prorrogados por mais 30 dias - tese que não tem apoio dos governistas. A oposição sustenta que Dilma sabia da criação do dossiê que, por determinação da secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra, foi montado para constranger o ex-presidente FHC na CPI dos Cartões. A base aliada, por outro lado, afirma que houve apenas a montagem de um "banco de dados" para informar a comissão sobre gastos do governo anterior.

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