postado em 27/05/2008 17:04
O delegado-chefe da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), João Carlos Lóssio, vai indiciar os responsáveis pelo carregamento de caixões deixados em uma marcenaria, em Santa Maria. Uma das pessoas que será responsabilizada é o dono da funerária Alvorada, Cléber dos Santos. O empresário contratou o marceneiro Jurandir Alves Feitosa, na última sexta-feira, para restaurar 32 caixões que já tinham sido usados.
O delegado vai enquadrar os responsáveis no artigo 132 do Código Penal, que prevê prisão de três meses a um ano a quem expõe a perigo a vida ou a saúde de alguém. Também será indiciado Isnair Moraes Simões Rosa, que teria intermediado o contato entre o proprietáro da funerária e o dono da marcenaria. ;Como os caixões continham materiais biológicos, como restos de algodão sujos de sangue, e ninguém sabe a causa da morte, essas urnas podem oferecer risco real à saúde de quem entrou em contato com o material;, afirma o delegado.
João Carlos Lóssio vai intimar todas as pessoas envolvidas no caso a serem ouvidas no inquérito aberto pela Polícia Civil. O delegado afirmou que dará prioridade a essa investigação e, ainda disse, que o relatório conclusivo deve estar pronto em 30 dias.
Na edição desta terça-feira, o Correio publicou com exclusividade a inspeção da CPI dos Cemitérios a uma marcenaria na cidade de Santa Maria, onde foram achados os caixões para restauração. As urnas estavam no local desde a última sexta-feira, quando duas pessoas representando a Funerária Alvorada ; que funciona em Taguatinga ; estiveram no local para entregar o carregamento. Técnicos da Comissão Parlamentar de Inquérito e policiais civis que estiveram na segunda-feira (26) no local encontraram fortes indícios de que os caixões, além de terem sido usados, podem ter sido furtados. Uma das hipóteses é de que as urnas tenham sido desenterradas em cemitérios do DF.