postado em 28/05/2008 14:29
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), afirmou nesta quarta-feira estar tranqüilo com as acusações sobre seu envolvimento no desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e classificou o fato de armação política.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já enviou ao Conselho de Ética a representação contra Paulinho na qual sugere a abertura de inquérito. "Estou tranqüilo porque no Conselho de Ética teremos mais condições de dar maiores esclarecimentos dessa armação política. No [plenário do] Congresso não dá para falar porque há sempre alguma sessão, nunca há alguém disponível." O esquema de desvio de recursos do BNDES foi desmantelado pela Operação Santa Tereza, da Polícia Federal.
Paulinho disse ainda que "parte da elite" não gosta de seu trabalho na Câmara. "A pessoa que disse que tinha usado meu nome, ficou comprovado oficialmente que trata de uma armação contra mim, de uma parte da elite que não gosta do meu trabalho na Câmara. Um sujeito fala com outros, cita meu nome, esse mesmo sujeito vai na Justiça Federal e diz que usou meu nome, mas a imprensa ainda insiste em dizer que sou o culpado.
Eu vou fazer hoje um pedido de reparação de danos morais. Vamos fazer uma série de processos para reparar a minha honra e a de minha família. Não tem nenhuma prova contra mim, nada." Em depoimento anteontem à Justiça Federal, João Pedro de Moura, consultor da Força Sindical em São Paulo e ex-assessor de Paulinho, teria admitido que pedia, em nome do congressista, dinheiro a integrantes do grupo investigado pela Polícia Federal. O consultor teria alegado ter usado "indevidamente" o nome do deputado e que o dinheiro não chegou às mãos de Paulinho. Moura disse ter recebido R$ 200 mil.
O deputado também comentou as denúncias de que sua mulher, Elza de Fátima Costa Pereira, comprou por R$ 220 mil à vista uma casa em Bertioga (SP). "Minha mulher comprou um apartamentozinho na praia, que tem duas janelas e uma porta. Nós temos a escritura, comprei 100 m2", explicou.