postado em 30/05/2008 16:29
O advogado Ricardo Tosto prestou depoimento por cerca de uma hora nesta sexta-feira à Justiça Federal em São Paulo no processo sobre o suposto desvio de verba do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na saída, Tosto disse que pôde provar sua inocência.
"Sou inocente. Tive a oportunidade de provar isso hoje", afirmou o advogado ao deixar o prédio da Justiça Federal. Ele foi ouvido pelo juiz federal Mário Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
O advogado José Roberto Batochio, que defende Tosto, disse que usaram indevidamente o nome de seu cliente no suposto esquema. O objetivo, segundo Batochio, era conseguir maior remuneração pelos trabalhos de consultoria que Tosto tinha prestado.
No interrogatório de segunda-feira, o consultor Marcos Vieira Mantovani, da empresa Progus, admitiu que usava indevidamente o nome de Tosto e do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, para conseguir novos clientes.
Absolutamente nada
Segundo o Batochio, Tosto afirmou que não conhece "absolutamente nada" dos financiamentos liberados pelo BNDES. O advogado disse ainda que seu cliente não conhece os demais réus do processo - exceto Mantovani, pois o escritório de Tosto prestou serviços de assessoria jurídica à Progus há alguns anos.
Tosto é sócio de um dos principais escritórios de advocacia do Brasil. Ele presta serviços para a Força Sindical e pertencia ao Conselho de Administração do BNDES, mas pediu afastamento após ser preso na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que investiga o esquema.
Segundo Batochio, o conselho que Tosto pertencia no BNDES não tem poderes para decidir sobre empréstimos. "O nome dele foi envolvido injustamente. Ele foi preso, execrado, algemado, estuprado na sua imagem, sem saber de onde vinha essa agressão", afirmou.