postado em 02/06/2008 15:33
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta segunda-feira não achar que a Contribuição Social para a Saúde (CSS), a nova versão da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), seja primordial para garantir recursos para a Saúde. A votação da criação do novo tributo, na Câmara dos Deputados, está marcada para quarta-feira (4), mas pode ser adiada por falta de adesão da base governista.
O ministro disse ver em medidas como o aumento do imposto sobre o cigarro e na tributação de bebidas alcóolicas uma alternativa para a geração de fontes de recursos. "Para mim, o importante é que a questão financeira se resolva. Nós temos alternativas, como a questão do cigarro. Temos um dos cigarros mais baratos do mundo. Tem também a tributação das bebidas alcóolicas e da indústria de armas", disse o ministro, na abertura do 2° Seminário Internacional de Regulação da Saúde Suplementar, na manhã desta segunda-feira no Hotel Glória (zona sul do Rio).
Ele reconheceu, contudo, que essas alternativas não serão suficientes para suprir o "subfinanciamento crônico" da pasta, mas disse que as medidas podem ajudar a "sair um pouco dessa indefinição que é muito ruim".
"Num país onde o envelhecimento da população se dá de maneira rápida, a doença crônica é o principal problema e a epidemia de violência pressiona o sistema de saúde, nós temos que buscar uma solução. Não tem jeito".