Politica

PT-DF já busca um nome para candidato a governador em 2010

Chico Vigilante, presidente do PT do Distrito Federal, quer que a legenda comece imediatamente a construção de um candidato a governador, assuma papel de oposição e negocie acordo com aliados

postado em 03/06/2008 09:01
O presidente do PT-DF, Chico Vigilante, apresentou uma proposta para discussão no partido: quer definir até o fim deste ano o candidato ao governo do Distrito Federal para as próximas eleições, em 2010. A intenção é começar, desde já, a trabalhar a imagem de alguém para representar o partido e dar uma cara à oposição no Distrito Federal. A proposta conta com o apoio de setores expressivos da legenda, mas a decisão sairá do diretório regional do PT. O assunto começou a ser discutido no domingo, em seminário de planejamento estratégico do PT, realizado no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). A discussão deverá ser intensificada nas reuniões da executiva regional. Ainda faltam dois anos para o início da próxima campanha, mas petistas avaliam que se não começarem a trabalhar já, terão pouca chance de construir uma candidatura forte ao governo. ;Estamos numa situação complicada. Nossos parceiros de outras eleições, como PSB e PCdoB, estão distantes de nós e mais próximos do governo Arruda;, afirma Vigilante. ;Até o PV, que indicou o nosso vice em 2006 (o empresário Gastão Ramos), apóia a atual administração;, acrescenta. O líder do PT na Câmara Legislativa, Cabo Patrício, defende a realização de prévias, para definição do candidato. ;Tudo no PT precisa ser discutido internamente e aprovado pela maioria;, diz. No momento, surgem como nomes naturais à disputa a ex-vice-governadora Arlete Sampaio, hoje secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o deputado federal Geraldo Magela e o distrital Chico Leite. Vigilante, no entanto, acredita que há espaço para crescimento de um petista que nunca disputou eleição majoritária. Ele já tem alguns pretendentes em mente, mas não os revela. Durante o seminário no fim de semana, o vice-presidente da Câmara Legislativa, Paulo Tadeu, também defendeu um distanciamento do governo Arruda, para que a legenda comece a marcar posições mais firmes como alternativa de poder no Distrito Federal.

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