postado em 05/06/2008 15:15
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), voltou a criticar nesta quinta-feira a gestão de Marta Suplicy (PT) à frente da Prefeitura de São Paulo e acusou a petista de deixar uma dívida "assustadora".
"Foi uma dívida muito grande, eu diria assustadora, basta relembrarmos o início da nossa gestão, as dificuldades que encontramos para governar nos primeiros meses. Nós tivemos que apertar os cintos, realizar só o essencial e adotar prioridades em nossas finanças para recuperá-las. Conseguimos superar essas dificuldades com muita austeridade." O democrata, no entanto, não soube precisar o valor da dívida. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Finanças para pegar o valor, mas ainda não recebeu um retorno.
Kassab novamente rebateu as críticas da ex-prefeita de que sua gestão é "tímida e medíocre", não faz inclusão, mas apenas "enrolação social". "Eu não tenho nenhuma preocupação em polemizar ou debater com quer que seja. Eu apenas me manifestei em razão de uma entrevista. Eu tinha obrigação de me manifestar até porque as próprias pesquisas atestam as referências que a população faz à nossa gestão. Quase 40%, segundo o Datafolha, e 50% dos outros institutos consideram nossa gestão ótima e boa", disse.
O prefeito evitou comentar as recentes especulações de que tucanos pró-Kassab enxergam o dedo do alckmista Silvio Torres no resultado da pesquisa Ibope divulgado ontem, no qual o prefeito aparece pior do que em outras pesquisas. Ele aparece em terceiro lugar, com 13% das intenções de voto. "A minha preocupação é continuar administrando São Paulo e concentrar nossas ações pela qualidade de vida da cidade", afirmou.
Alstom
Kassab também comentou sobre o envolvimento secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras, Andrea Matarazzo, no caso Alstom. A empresa é suspeita de integrar um esquema de pagamento de propinas a tucanos para conseguir contratos.
"Ele já deu os esclarecimentos necessários. Ele permaneceu muito tempo à frente da pasta e eu não conheço nenhuma acusação, existem suposições", disse o prefeito. Matarazzo ocupou a Secretaria de Energia de fevereiro a agosto de 1998, em meio ao processo de privatização da Eletropaulo.