postado em 06/06/2008 17:03
Em depoimento à CPI da Gautama, nesta sexta-feira, o ex-deputado distrital Pedro Passos negou que tenha recebido propina da construtora Gautama em troca da liberação de verbas para a empresa, responsável pela realização das obras da barragem do Rio Preto. O ex-parlamentar, no entanto, confirmou que apresentou emenda junto com alguns distritais, com o pedido de R$ 3,9 milhões para que as obras tivessem continuidade. Passos ponderou, porém, que a emenda foi bloqueada e, por isso, a quantia não foi transferida para a conta da Gautama.
Pedro Passos leu trechos do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou ilegal sua prisão sob a acusação de participação nas irregularidades cometidas pela Gautama. O ex-deputado foi preso no ano passado durante a Operação Navalha, realizada pela Polícia Federal.
Antes da interrupção do depoimento, que levou mais de três horas, Passos confirmou que pediu doação financeira a Gautama para sua campanha em 2006. Entretanto, destacou que nunca recebeu qualquer dinheiro da construtora. Na defensiva, o ex-distrital apresentou um laudo do perito Ricardo Molina, da Unicamp, que segundo ele, revela que houve montagens nas gravações de diálogos mantidos entre ele e diretores da Gautama. O depoimento, interrompido por volta das 14h, deverá ter continuidade na próxima sexta-feira (13).