postado em 08/06/2008 08:29
Sonegação fiscal, fraude no Imposto de Renda, crime tributário. Esses delitos soam mal para a maioria dos brasileiros que todos os anos vêem seus salários se dissolverem em impostos e mesmo assim se esforçam para não cair na malha fina da Receita Federal. Mas a preocupação não parece ser compartilhada por alguns parlamentares. Levantamento feito pelo Correio mostra que 14 deputados e quatro senadores estão há anos sob investigação por crimes de ordem tributária sem que negociem seus débitos.
Apesar de a maioria dessas ações tramitar em segredo de justiça, técnicos da Procuradoria-Geral da República ; órgão responsável pela apresentação das denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) ; estimam que os prejuízos causados pela bancada de sonegadores ultrapassem a marca de R$ 500 milhões. Não é para menos. Somente um deputado federal, José Fuscaldi, o Tatico, deve sozinho mais de R$ 100 milhões.
A lista de crimes supostamente praticados pelos parlamentares é variada e extensa. O senador Fernando Collor (PTB-AL), por exemplo, foi acusado em 2004 de não recolher imposto de renda retido na fonte sobre rendimentos pagos a pessoas jurídicas. Já o deputado Fernando Giacobo (PR-PR) foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por criar empresas de locação de automóveis fictícias para burlar o fisco. O deputado alagoano Francisco Tenório (PMN) é acusado de sonegar impostos referentes às verbas de gabinete recebidas durante oito anos em que foi deputado estadual. Outro parlamentar suspeito de crime tributário, Sérgio Petecão (PMN-AC) é réu em um inquérito por ter sonegado R$ 78,2 mil entre 1996 e 1998.
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