Politica

CPI do Detran-RS interroga ex-chefe da Casa Civil de Yeda e vota requerimentos

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postado em 09/06/2008 12:37
A CPI do Detran-RS interroga nesta segunda-feiar (09/06) o ex-chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul Cézar Busatto. Ele foi exonerado no sábado pela governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB) após denúncias de suposto uso de estatais no financiamento público de campanhas eleitorais. A CPI também coloca em votação hoje requerimentos de convocação de mais dois ex-secretários de Yeda exonerados no sábado: do ex-secretário-geral de Governo Delson Martini e do ex-chefe do escritório do Estado em Brasília Marcelo Cavalcante. Os três foram exonerados no sábado por Yeda Crusius, quando ela também anunciou o desligamento do comandante-geral da Brigada Militar (a PM gaúcha) coronel Nilson Bueno. Segundo a tucana, as cartas de demissão de Busatto, do ex-secretário-geral de Governo, Delson Martini, do ex-chefe do escritório do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, e do ex-comandante-geral da Brigada Militar, coronel Nilson Bueno, foram apresentadas na sexta. Foi a maior mudança no primeiro escalão desde a posse de Yeda, em 2007. Foi uma resposta à crise política agravada na semana passada com a divulgação de grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal e de conversa gravada pelo vice-governador e inimigo político de Yeda, Paulo Feijó (DEM), em que Busatto reconhece o uso de estatais no financiamento de campanhas eleitorais. O ex-chefe da Casa Civil, que não sabia que sua conversa com Feijó estava sendo gravada, menciona o PP e o PMDB - os maiores partidos da base de Yeda - como beneficiários da prática em órgãos estatais que comandam, o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Depois, Busatto disse que se referia a contribuições de servidores filiados aos partidos. As duas siglas, que reúnem 18 dos 55 deputados do Estado, pressionaram Yeda pela demissão. Ela classificou o comportamento do vice como "indigno" e "insólito". Disse que a gravação "não tem valor ético ou moral". "Quando alguém não sabe que estava sendo gravado, quem estava gravando pôde fazer o teatro que bem quis." Feijó não se manifestou no sábado.

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