postado em 09/06/2008 15:12
Acusado de envolvimento no esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, adiou nesta segunda-feira seu afastamento da presidência estadual do PDT de São Paulo. Paulinho reuniu nesta segunda-feira os integrantes do PDT regional e informou que vai tomar a decisão até o final desta semana. Mas aguarda conversas em Brasília para anunciar sua decisão.
Interlocutores de Paulinho informaram que ele aguarda o retorno do ministro Carlos Lupi (Trabalho), presidente afastado do PDT, de uma viagem para conversarem sobre sua saída do comando regional da legenda. O nome mais cotado para assumir o cargo é o do deputado Reinaldo Nogueira (PDT-SP), atual secretário-geral da legenda em São Paulo.
Mas na reunião de hoje, que durou toda a manhã, Paulinho já sinalizou que não deverá concorrer às eleições pela Prefeitura de São Paulo como pretendia. Até a semana passada, o deputado afirmava que manteria sua candidatura. Com a saída dele da disputa, o PDT é cortejado pelo PT, que lançará Marta Suplicy, e o bloquinho, que tem à frente o deputado Aldo Rabelo (PC do B-SP).
Mais uma vez, durante a reunião, Paulinho se defendeu sobre as denúncias de envolvimento com o esquema de irregularidades que fraudava o BNDES. As acusações surgiram no decorrer das investigações da Operação Santa Tereza, realizada pela Polícia Federal.
Na reunião desta segunda, Paulinho, como nas ocasiões anteriores, negou envolvimento com as denúncias. Segundo ele, provará sua inocência. Na sua opinião, as acusações ocorrem por perseguição política.
Interlocutores que acompanharam a reunião informaram que o deputado sabe que não teria condições de concorrer às eleições em São Paulo. No entanto, Paulinho não antecipou se trabalha para seu grupo fechar um acordo com Aldo ou Marta. A decisão, segundo seus aliados, deverá ser definida até sexta-feira.
Paralelamente, Paulinho prepara sua defesa no Conselho de Ética da Câmara. O processo por quebra de decoro parlamentar foi aberto contra ele na semana passada. A expectativa é que o deputado preste esclarecimentos nos próximos dias.