Politica

Citado em relatório, Garotinho diz que PF atua a serviço do PT

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postado em 09/06/2008 17:00
O ex-governador Anthony Garotinho disse nesta segunda-feira que a Polícia Federal (PF) vem tendo atuação política a serviço do PT. Durante reunião do diretório fluminense, que ratificou a candidatura própria do partido à Prefeitura do Rio, Garotinho negou as insinuações contidas em relatório da PF, que apontam que ele e sua mulher, ex-governadora Rosinha Matheus (PMDB), teriam recebido propina do contraventor Rogério Andrade. "Todo mundo em Bangu sabe que "Madame" é a viúva do Castor de Andrade [bicheiro falecido, que controlava as bancas de boa parte da zona Oeste do Rio]", afirmou. "Madame" seria a pessoa que recebeu mais de R$ 10 milhões de Rogério Andrade, conforme informações encontradas em um pen drive do contraventor. A PF insinuou que esse poderia ser o apelido da ex-governadora. Bangu é o bairro onde Castor concentrava seus negócios. Garotinho, que preside o PMDB fluminense, considerou o relatório uma covardia contra ele e Rosinha. Sobre a operação Segurança Pública S.A., na qual agentes da PF revistaram sua casa, em Campos, Garotinho classificou a ação de "violência inexplicável". "Não podemos ter uma polícia política. Ela não pode ser do PT, tem que servir à sociedade e punir que tiver que punir", comentou. O ex-governador afirmou ainda que foi surpreendido com a revista policial em sua casa, ressaltando que os policiais mexeram em roupas íntimas de seus familiares. Garotinho disse ainda que recebera, há 3 meses, informação de que seu nome seria incluído em uma investigação policial, de modo forçado, "de cima para baixo". Ainda de acordo com Garotinho, o ministro Tarso Genro (Justiça) foi consultado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) a respeito da possível operação, e garantiu que o ex-governador não estava sendo alvo de investigação. Sobre a decisão do PMDB em ter candidatura própria, Garotinho lamentou a escolha. Para ele, a opção é um equívoco, porque vai prejudicar candidaturas do partido na Baixada, em São Gonçalo e no interior do Estado. "É uma decisão do partido, e o mais importante é respeitar as bases. Se elas querem, a decisão tem que ser aceita", comentou.

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