postado em 10/06/2008 15:07
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta segunda-feira (10/06) como abomináveis as ilações feitas contra a ministra chefe da casa cilvil, Dilma Rousseff, no caso da venda da Varig. Segundo ele, toda a transação foi feita pela Justiça e cabe à história fazer o julgamento sobre a tentativa de envolver o governo em alguma suposta irregularidade.
"O caso da VarigLog é um caso que passou na Justiça. Começou e terminou na Justiça. Foi o juiz que comandou todo o processo e as pessoas que estão fazendo ilações contra a ministra Dilma não têm sequer autoridade moral e ética para isso", disse o presidente, fazendo referência à ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu. Ela será ouvida sobre o assunto como convidada na Comissão de Infra-Estrutura do Senado nesta quarta-feira (11/06).
Embora não tenha entrado em detalhes sobre a negociação, o presidente elogiou o posicionamento da Justiça no caso: "Estou convencido de que o juiz tomou a decisão correta no momento em que não havia um único ser vivo que acreditasse que a Varig pudesse se salvar".
Lula fez as declarações em entrevista coletiva logo após participar de uma feira de saúde e produtos hospitalares, na Zona Norte de São Paulo. Ele começou dizendo que preferia não comentar o assunto, mas partiu para duras críticas às "pessoas" que tentam atingir seu governo e terminou afirmando que as denúncias não se sustentam. "Isso faz parte do jogo político brasileiro. Tem gente que levanta e vai dormir todo dia torcendo para encontrar alguma coisa que prejudique o governo. Só posso dizer que não dá para perder a calma e a tranqüilidade em relação a isso. Estamos certos de que as pessoas que estão fazendo ilações, amanhã, certamente, estarão desmoralizadas. Percebem que não têm fundamento e não têm coragem de pedir desculpas."
O presidente condenou também o comportamento da imprensa de maneira geral. "Se tivéssemos 10% das letras que acusam pedindo desculpas, tudo seria mais fácil no Brasil. Mas temos uma salvaguarda extraordinária contra o mau jornalismo. Nós temos o leitor, que é implacável, que sabe o que mentira, acusação ou ilação e ele saberá definir concretamente isso", afirmou Lula.