Denise Abreu terá segurança reforçada durante passagem por Brasília

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postado em 10/06/2008 17:35

A ex-diretora da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) Denise Abreu terá sua segurança feita pelos policiais do Senado. Por ordem do presidente da Comissão de Infra-Estrutura da Casa, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), a ex-diretora terá o suporte do Departamento de Segurança do Senado. Segundo ele, Denise apresentará uma "mala de documentos" aos senadores. "A Dra. Denise Abreu conversou com a minha assessoria e demonstrou preocupação. Então, eu pedi ao departamento [de segurança] para reforçar a segurança dela amanhã", afirmou Perillo. "Também conversei com o comando da empresa aérea que ela viajou [de São Paulo para Brasília] para garantir a segurança à mala com documentos." O depoimento de Denise Abreu é considerado o principal nesta quarta-feira, na comissão do Senado. A ex-diretora da Anac denunciou ter ocorrido pressão para tráfico de influência da Casa Civil na tentativa de favorecer um grupo de não-brasileiros para a venda da Varig. Ouça entrevista do repórter do Correio Leandro Colon com o senador Marconi Perillo As acusações da ex-diretora foram rebatidas pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e várias autoridades federais. Segundo os governistas, as acusações são improcedentes. Mas os partidos de oposição, como DEM e PSDB, querem saber em detalhes como teria ocorrido a pressão que Denise disse ter sofrido. Depoimentos Perillo disse que Luiz Roberto Ayoub, juiz da 1¦ Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e Milton Zuanazzi, ex-presidente da Anac, não comparecerão aos depoimentos desta quarta-feira. Segundo ele, apenas Ayoub encaminhou ofício informando não ter condições de estar presente no Senado na data na qual foi marcado o depoimento. Já Manoel Felipe Brandão, ex-procurador-geral da Fazenda, que a exemplo de Denise Abreu afirmou ter ocorrido pressão para a venda de forma irregular da Varig, estará presente. Também são esperados Leur Lomanto, Jorge Veloso e João Ilídio Lima Filho, ex-diretores da Anac. Perillo afirmou que está preparado para uma sessão longa e sem intervalos. "Se for necessário a gente pede uma pizza, mas no sentido estrito da palavra", brincou ele. "O importante é que os depoimentos ocorram e esclareçam as dúvidas que existem sobre as denúncias", disse ele. Em relação ao esforço do DEM e do PSDB para provocar a presença de Dilma na comissão, Perillo disse que a ministra confirmou que comparecerá à comissão no dia 19. Nesta data ela deverá tratar ; oficialmente - sobre a construção da Usina de Belo Monte (PA). Mas a oposição quer focar as atenções nas acusações sobre o suposto tráfico de influência para a venda da Varig.