postado em 11/06/2008 20:30
O PT está empenhado em cooptar o PDT, PC do B e PSB - o chamado bloquinho de esquerda - para a candidatura da ex-ministra Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo. Ainda não há um acordo fechado entre as siglas, mas a investida do PT agora acontece em negociações tanto oficiais como informais pelos corredores da Câmara Municipal e do Congresso Nacional.
As conversas estão a pleno vapor. Oficialmente, os líderes do bloquinho dizem que a candidatura do deputado federal Aldo Rebelo (PC do B) está consolidada, mas admitem que o assédio do PT nunca foi tão grande.
A tática petista mudou. Na primeira fase de negociações, o PT acabou afastando o bloquinho porque tentou dividi-lo para diminuir o poder de barganha de cada partido. Como as siglas se uniram em torno da candidatura de Aldo, só restou ao PT mudar de estratégia e conversar com todos os partidos ao mesmo tempo para valorizá-los. Segundo interlocutores de todas as siglas, as negociações acontecem a toda hora nos corredores do Congresso e da Câmara Municipal. O PC do B deseja a aliança com o PT, mas encontra resistência em Aldo, que não abre mão da candidatura nem se for convidado para ser o vice de Marta.
O PSB é o mais reticente, e prefere a candidatura própria. Já o PDT tenta convencer os outros partidos a integrar a chapa com a ex-prefeita. Todos, no entanto, afirmam que vão permanecer unidos, seja em uma candidatura própria cada vez mais improvável, seja apoiando o PT.
Alguns dirigentes do bloquinho pedem que o anúncio de Aldo como candidato seja feito o mais rápido possível para acabar com as especulações. Mas a demora no anúncio se deve exatamente às intensas negociações dos partidos com o PT.
Lula entra no jogo
Em busca de um amplo acordo em torno dos candidatos de partidos aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que PT e PC do B tentem uma aliança em São Paulo e no Rio de Janeiro. Aos aliados, segundo interlocutores, Lula disse que o ideal seria o PT ter o apoio do bloquinho em São Paulo e o PC do B no Rio.