Politica

DEM deve poupar vice-governador do Rio Grande do Sul de punição

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postado em 11/06/2008 20:41
A Executiva Nacional do DEM deverá poupar o vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó, de qualquer tipo de punição. A idéia é dar o assunto como encerrado sob a justificativa de que Feijó colaborou com a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), ao denunciar as irregularidades embora o método utilizado (grampos telefônicos) não seja o correto. Nesta quarta-feira, Feijó passou o dia em Brasília. Inicialmente, o vice-governador se reuniu com a bancada do Rio do Sul capitaneada pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que é pré-candidato a prefeito de Porto Alegre pelo DEM. Em seguida, o vice-governador conversou com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). Amanhã a Executiva dos democratas se reúne em Brasília. A tendência é que durante a reunião o caso de Feijó seja tratado rapidamente e afastada a possibilidade de punição, inclusive a hipótese de expulsão, como sugeriu o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). "A disposição do vice-governador é de colaborar [com a governadora Yeda Crusius]. As preocupações do vice-governador eram convergentes com as da governadora", afirmou Rodrigo Maia, tentando contemporizar a crise existente entre Feijó e Yeda. Na semana passada, Feijó - que é adversário da tucana-- agravou a crise política no Rio Grande do Sul ao divulgar a gravação de diálogo que provocou a demissão do ex-secretário estadual da Casa Civil, Cézar Busatto. Na conversa gravada, Busatto admite o uso de estatais em campanhas. A idéia, segundo o vice-governador, era mostrar a existência de corrupção no governo estadual. Inicialmente, Yeda demitiu quatro de seus assessores diretos. Depois, apelou para que todo o secretariado colocasse os cargos à disposição. Nesta semana a governadora montou um "governo de transição" na tentativa de conter a crise. Hoje a governadora criticou duramente Feijó. "Ele [o vice-governador] não conhece essa palavra [ética]. Ética, por definição, é um conjunto de regras sociais. Ele age individualmente", disse Yeda, em entrevista à rádio CBN.

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