postado em 12/06/2008 12:32
A deputada Aparecida Gama (PMDB) desistiu nesta quarta-feira (1/06) de relatar o processo contra Álvaro Lins (PMDB) no Conselho de Ética da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro). O parlamentar é acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela Polícia Federal de se beneficiar de um esquema de propina na Secretaria de Segurança Pública quando foi chefe da Polícia Civil do Rio. Gama havia sido escolhida para o cargo através de um sorteio, já que nenhum deputado se candidatou para a função.
Segundo a assessoria da Alerj, a deputada alegou que não poderia relatar o processo por pertencer ao mesmo partido de Lins. O Conselho de Ética marcou uma reunião para o início da tarde desta quinta-feira (12/06) para escolher novo relator para o caso.
A Mesa Diretora da Alerj aprovou na terça-feira, por unanimidade, o pedido de cassação do mandato do deputado, e caberá ao Conselho de Ética julgar o caso e enviá-lo ou não para votação em sessão plenária.
O conselho não deve indicar nenhuma testemunha de acusação no processo. Segundo o presidente do órgão, deputado Paulo Melo (PMDB), o conselho vai aproveitar as investigações da PF e da Procuradoria.
Já as testemunhas indicadas por Lins devem começar a ser ouvidas a partir da próxima segunda-feira. Melo afirmou que pode concluir o caso em até 20 dias, mas afirmou que vai "julgar o processo sem atropelamentos".
O presidente do conselho afirmou ainda que não vai haver qualquer corporativismo ou proteção durante o processo. O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), afirmou que o relatório que pedia a cassação de Lins foi aprovado com louvor pelos dez membros da Mesa Diretora.