postado em 12/06/2008 17:29
Cerca de 75 policiais civis e militares prenderam nesta quinta-feira quatro pessoas suspeitas de desviar recursos públicos da prefeitura de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió. Segundo o delegado do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (Nirco), Denisson Albuquerque, que comandou a Operação Cachoeira, a polícia cumpriu praticamente todos os 13 mandados de busca e apreensão, mas falta ainda prender outros três suspeitos. Entre os detidos está o empresário Ricardo Scavuzzi, marido da prefeita de Rio Largo, Vânia Paiva (PMDB).
As prisões foram determinadas pelos juízes da 17ª Vara Criminal da capital alagoana, baseadas em investigações desenvolvidas pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc). "Os presos foram submetidos a exames de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois serão encaminhado ao sistema prisional, onde ficarão presos à disposição da Justiça", informou o delegado do Nirco.
De acordo com ele, a Operação Cachoeira investiga a fraudes em licitações públicas, com utilização de empresas fantasmas. Além do marido da prefeita, foram presos: Sérgio Scavuzzi, Glauco Correia Pereira e Victor Pontes. Eles prestaram depoimento na sede do Nirco e foram encaminhados para o Presídio Baldomero Cavalcanti, onde ficarão à disposição da Justiça.
O prédio da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Rio Largo, além da Departamento de Comissão de Licitações, que fica no prédio-sede do Executivo municipal, foram alvos de cumprimentos dos mandados de segurança. Centenas de documentos foram apreendidos na sede da Secretaria de Finanças. Também foram recolhidos documentos, sete CPUs em uma loja de som automotivo e um cofre.
Afastamento
Segundo a assessoria de imprensa do MPE, os promotores que atuam no caso vão pedir o afastamento da prefeita Vânia Paiva do cargo por improbidade administrativa. Os advogados dos acusados disseram que ainda não podem se manifestar sobre a linha de defesa que será adotada, uma vez que não tiveram acesso às investigações. No entanto, o advogado de Victor Pontes disse que seu cliente não tem qualquer envolvimento com atos ilícitos.