postado em 16/06/2008 08:59
Depois de ter recebido, na sexta-feira, a notificação de seu processo de cassação, o deputado Álvaro Lins (PMDB) tem até o dia 20 para entregar sua defesa e a lista de testemunhas. Só então o Conselho de Ética da Assembléia poderá marcar os depoimentos dele e das testemunhas.
Para evitar que Lins ganhasse mais tempo, o presidente da comissão, deputado Paulo Melo (PMDB), fez publicar no Diário Oficial o edital de notificação. Apesar de ter Lins como colega de partido, o presidente da Assembléia, Jorge Picciani (PMDB), e integrantes de seu grupo político já deram sinais de que não vão se empenhar na sua defesa. Pesa contra ele o fato de ter repercutido mal, na opinião pública, o relaxamento de sua prisão, decidido pela própria Assembléia. O deputado tinha sido detido dias antes, durante a Operação Segurança Pública S.A., da Polícia Federal.
Pesa também contra Lins sua proximidade com o grupo do ex-governador Anthony Garotinho, no PMDB fluminense. O ex-governador foi isolado no partido desde que Picciani se tornou aliado do governador Sérgio Cabral Filho.