Politica

Audiência sobre Alstom é adiada para quarta

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postado em 16/06/2008 13:49
A audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a atuação da empresa francesa Alstom no Brasil foi transferida para quarta-feira (18/06), às 14h30. A data anterior era dia 17. Segundo a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, o presidente interino da empresa no Brasil, Thibault Desteract, informou que não participará do encontro e que não enviará representantes. O objetivo da audiência é apurar supostas irregularidades em licitações no Metrô de São Paulo e na CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos) durante administração do PSDB no governo paulista, além de processos licitatórios em estatais paulistas. O encontro foi proposto pelos deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Francisco Praciano (PT-AM). Segundo a assessoria do deputado Ivan Valente, foram convidados também o procurador do Ministério Público de São Paulo, Antônio Silvio Marques, o procurador do Ministério Público Federal, Rodrigo de Grandis, e o diretor geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Côrrea. Nenhum deles ainda confirmou presença. "O debate será altamente esclarecedor. São denúncias sérias, de corrupção, que envolvem mais de sete estatais paulistas e o processo de privatizações em São Paulo, além de estatais federais como a Eletronorte, Eletrosul e Furnas", disse o deputado. Ele já solicitou ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo acesso aos contratos da empresa, assinados desde 1990, com o Metrô e também com outras empresas públicas vinculadas ao governo paulista. O parlamentar também requisitou ao Ministério da Justiça informações sobre as investigações da Polícia Federal de negociações da Alstom com empresas públicas brasileiras, sejam as vinculadas à União ou aos Estados. Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça apontam que a Alstom pagou "gratificações ilícitas" a políticos do governo de São Paulo para obter o contrato de R$ 110 milhões. Os pagamentos de propina ocorreram entre 1998 e 2001, no governo de Mário Covas (PSDB).

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