postado em 20/06/2008 18:10
O líder da bancada do DEM na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Carlos Apolinario, respondeu duramente as acusações do pré-candidato a prefeito de São Paulo e ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que nesta quinta-feira acusou a prefeitura da capital de pressionar delegados do PSDB que trabalham na prefeitura a apoiarem a reeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), na convenção tucana, marcada para o próximo domingo (22).
Enquanto 11 dos 12 vereadores do PSDB são favoráveis à reeleição do atual prefeito, os diretórios municipal, estadual e federal da legenda querem lançar a candidatura do ex-governador. A previsão é de que o candidato tucano seja escolhido na convenção do PSDB, quando o partido, rachado, decidirá, no voto, se prefere Alckmin ou Kassab.
"Será que o ex-governador não sabe que 90% da máquina municipal estão nas mãos do seu partido? Não me consta que nenhum filiado do DEM esteja procurando delegados do PSDB para pedir votos pela aliança com Gilberto Kassab. Nós democratas não vamos pedir votos pela aliança, porém estamos torcendo por ela", afirmou Apolinario em nota.
O governador disse que os kassabistas se aproveitaram da humildade dos servidores. "Se esta gente é humilde e tão sincera, como diz Geraldo, por que não pede exoneração dos cargos que ocupam na prefeitura? Pelo que consta, não se trata de funcionários concursados", disse Apolinario.
O vereador concluiu pedindo ao ex-governador que não entre em conflito com o próprio partido. "Espero que o candidato Geraldo Alckmin não ligue o ventilador contra o seu próprio partido." As denúncias de Alckmin ganharam força na noite de ontem, quando Pedro Vicente, um dos delegados do PSDB com direito a voto na convenção, afirmou que recebeu uma proposta de suborno de R$ 100 mil "da parte dos vereadores do PSDB" para assinar a lista em favor da chapa encabeçada por Kassab e contrária à candidatura de Alckmin.
Segundo o secretário de Esportes de Kassab, Walter Feldman (PSDB), ele também recebeu denúncias de abusos cometidos pelos defensores da candidatura própria. "Nós também recebemos denúncias de muito constrangimento, de muita pressão, usando todos os métodos. Mas nós não demos bola pra isso", afirmou. Sobre as acusações, Feldman pediu apuração dos fatos e afirmou que não participou de qualquer pressão. "Se há denúncias de cooptação, tem de ser apurado criminalmente. É problema de polícia. Eu reafirmo que eu e os vereadores jamais fizemos ou autorizamos qualquer tipo de prática ilegal."