Politica

Deputados suspeitos negam liberação de verba ao PAC

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postado em 20/06/2008 19:04
Os deputados João Magalhães (PMDB-MG) e Ademir Camilo (PDT-MG) afirmaram nesta sexta-feira que não têm emendas no Orçamento Geral da União nem liberaram recursos para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os dois são suspeitos de integrar um esquema de desvio de verbas de obras do PAC em sete Estados, em operação deflagrada hoje pela Polícia Federal, chamada de Operação João de Barro. "Quem libera as verbas para o PAC é o governo federal, é a Casa Civil. A liberação dessas verbas não tem interferência política. Os deputados não participam em nenhum momento dessa liberação", se defendeu Magalhães. "Todos sabem que quem libera recursos do PAC é a Casa Civil", repetiu Ademir Camilo. Tanto ele quanto Magalhães argumentaram não saber do que são acusados porque ainda não tiveram acesso ao inquérito da Polícia Federal. Eles afirmaram não saber explicar os motivos de a Polícia Federal trabalhar com a hipótese de indiciá-los em três tipos de crime: corrupção, tráfico de influência e concussão. A PF suspeita que os dois tenham cobrado propina de 10% para liberar verbas para obras em municípios mineiros. "Não sei de onde saíram essas acusações. Tenho muito adversários no interior e, em vez deles ficarem trabalhando, ficam denunciando", disse João Magalhães. "Eu e o deputado João Magalhães somos das regiões mais pobres de Minas e isso faz com que a gente corra atrás e faça ofícios para ministérios pedindo verbas", explicou Ademir Camilo, que está em seu segundo mandato de deputado federal. Os dois reclamaram também da ação da Polícia Federal que fez a busca e apreensão de computadores e ofícios em seus gabinetes na Câmara sem dizer do que estão sendo acusados. "A gente fica ansioso porque não sabe o teor do que estão nos acusando", afirmou Camilo. Ele e Magalhães ressaltaram que a liberação de recursos do PAC segue critérios técnicos e é totalmente acompanhada pela Caixa Econômica Federal (CEF). Os dois afirmaram ainda que as emendas individuais que apresentaram para municípios mineiros não contemplam obras do PAC.

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