postado em 21/06/2008 17:25
O líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR), divulgou nota hoje negando seu envolvimento no escândalo da pedofilia que já culminou com o afastamento do procurador geral do governo do Estado, Luciano Queiroz. Na nota, o líder, que é candidato á prefeitura de Boa Vista, acusa seus adversários de estarem por trás da citação de seu nome por uma das menores abusadas, durante um depoimento no Conselho Tutelar. Por causa da citação, o Ministério Público do estado enviou o processo para conhecimento do Supremo Tribunal Federal.
A menor, de 13 anos, diz que uma vez foi levada pela agenciadora Lidiane Foo para um encontro com Luciano Castro em um bar da cidade de Boa Vista. Lá ele estaria em companhia de Luciano Queiroz. Sem dar o nome do bar, a menina disse ainda que de lá seguiu para o motel com o deputado em uma caminhonete Hilux. Segundo o líder do PR, é a palavra da depoente contra a dele, já que nenhuma investigação foi feita no bar ou no motel, que poderia atestar sua presença ou não pelo sistema de cãmeras.
"É uma acusação absurda e irresponsável. Os próprios representantes do Ministério Público disseram que não há nenhuma materialidade na denúncia, nem prova que me incrimine, mas mesmo assim um deles citou meu nome em entrevista coletiva, omitindo todos os demais, pois afirmou que ainda há mais quatro pessoas sendo investigadas. Os fatos citados pela menor jamais aconteceram, o depoimento é falso. A referida aliciadora negou em depoimento na polícia que me conheça ou tenha tido qualquer contato comigo e disse que a menor me confundia com outra pessoa que tem o mesmo primeiro nome. Não há uma só evidência, prova ou testemunho de que eu tenha estado em algum bar com a menor, muito menos de ter ido a um motel em um automóvel que não possuo", diz a nota de Luciano Castro.
Ele acusa seus adversários políticos de estarem usando o escândalo que teve repercussão nacional para envolvê-lo e fazê-lo desistir da candidatura a prefeito.
Segundo Luciano Castro, ele tomou conhecimento dos depoimentos no dia 10 deste mês e foi ao Ministério Público Federal e ao diretor-geral da Polícia Federal, em Brasília, pedir que os dois órgãos investiguem os fatos.