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PMDB e PDT vão evitar punição a deputados investigados na Operação João de Barro

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postado em 23/06/2008 17:49
O PMDB e o PDT vão evitar a punição contra os deputados João Magalhães (PMDB) e Ademir Camilo (PDT), ambos de Minas Gerais, investigados pela Operação João de Barro, da Polícia Federal - que apura fraudes nas licitações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em nome da cautela, peemedebistas e pedetistas aguardarão as orientações do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para tomar eventuais providências. Magalhães ainda não procurou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), para prestar esclarecimentos. Internamente, a ordem de Alves é para que o assunto seja tratado como técnico e não com caráter político, uma vez que as investigações são conduzidas pela PF e ainda não foram concluídas. A menos de quatro meses das eleições municipais, peemedebistas se esquivam de envolver o partido na defesa de Magalhães, uma vez que ele é acusado de liderar um esquema de fraudes de licitações em municípios do leste e do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O Ministério Público Federal (MPF) em Governador Valadares ajuizou a 25ª Ação de Improbidade Administrativa contra o deputado. No caso de Adelmir, o deputado procurou o presidente e líder do PDT na Câmara, Vieira da Cunha (RS). Na conversa, o parlamentar negou qualquer envolvimento com irregularidades. Segundo o deputado mineiro, policiais federais, ao executarem a ordem de busca e apreensão no seu gabinete na Câmara, recolheram apenas documentos relativos a emendas parlamentares, nas quais destinava recursos para a região de Teófilo Otoni (MG) e municípios próximos. As denúncias contra Adelmir ocorrem no momento em que outro deputado do PDT é acusado de irregularidades, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (SP). Acusado de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social), Paulinho é investigado pelo Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. A Operação João de Barro investiga suspeitos de integrar um esquema de fraude de contratos que desviava recursos públicos de obras realizadas em 119 localidades do Distrito Federal e de sete Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Algumas das obras investigadas estavam incluídas no PAC. A PF identificou a liberação de R$ 700 milhões por meio de emendas parlamentares ou convênios com ministérios. Magalhães e Adelmir tiveram seus gabinetes examinados na última sexta-feira por policiais federais.

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