Politica

Estratégia do PMDB é garantir as eleições municipais em todo país

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postado em 24/06/2008 09:37
Enquanto PT e PSDB brigam para eleger prefeitos na maioria das capitais, o PMDB faz outro jogo. A legenda não quer perder o título de campeã das eleições municipais em todo o país. O partido estipulou o crescimento de 25% nas prefeituras e nas câmaras de vereadores. Uma estratégia que, dois anos depois, pode garantir uma base eleitoral sólida para manter nas mãos do PMDB as maiores bancadas de deputados e senadores. E, quem sabe, dar sustentação ao velho sonho de ter um candidato próprio para a Presidência da República. Esse cenário ideal para o PMDB foi traçado num jantar na semana passada em Brasília na casa da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) com lideranças do partido. ;A meta geral é repetir o que fizemos nas eleições passadas;, diz o presidente da sigla, o deputado Michel Temer (SP). Em 2004, o PMDB elegeu 1.300 prefeitos. No decorrer de quatro anos, ficou com 1.158, segundo o último balanço feito pela legenda. Vereadores são cerca de 8 mil. O deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), presidente da Fundação Ulisses Guimarães, diz que um novo estudo de perspectiva eleitoral deve ser feito após o dia 30, quando já terão sido realizadas as convenções partidárias. Segundo ele, a meta não fugirá do crescimento entre 20% e 25%. O PMDB sabe que, nos últimos anos, perdeu força para PT e PSDB nos grandes centros. Não é à toa que trabalha hoje com a hipótese de vitória apenas em quatro capitais: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campo Grande e Salvador. Dessas cidades, a vida está fácil somente na capital do Mato Grosso do Sul, onde o peemedebista Nelson Trad Filho tem grandes chances de ser reeleito. No Rio, o partido joga as fichas na força do governador Sérgio Cabral para eleger o ex-tucano Eduardo Paes. E o partido não esconde a preocupação com a reeleição de José Fogaça em Porto Alegre. A disputa está acirrada na cidade contra as deputadas Maria do Rosário (PT) e Manuela D;Avila (PCdoB). O problema maior está em Salvador. Na capital baiana, a reeleição do peemedebista João Henrique é considerada uma tarefa quase impossível. As pesquisas o colocam atrás do tucano e ex-prefeito Antonio Imbassahy e do deputado ACM Neto (DEM-BA). Vice Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o PMDB decidiu não lançar candidato. Indicou ontem o nome de Alda Marco Antonio para ser vice da chapa de reeleição de Gilberto Kassab (DEM). O PMDB só ficou com a vaga depois que o PSDB confirmou a candidatura de Geraldo Alckmin, no último domingo. Michel Temer tenta minimizar essas dificuldades nas grandes cidades. ;As chances do PMDB são iguais à de qualquer partido, que disputam quatro, cinco capitais;, afirma. Sem muita esperança nesses lugares, o PMDB quer manter a escrita de um partido poderoso do ponto de vista parlamentar. Por isso, o objetivo é se fortalecer no interior do país. O PMDB não abre mão de ser uma legenda cujo apoio nenhum governo federal costuma desperdiçar. Em troca, a sigla ganha cargos no primeiro escalão, como os seis ministérios que possui no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ;A eleição de 2008 é um vestibular para 2010;, ressalta Eliseu Padilha.

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