Politica

Paulo Bernardo defende punição para envolvidos em desvio de verbas do PAC

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postado em 24/06/2008 16:12
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) defendeu nesta terça-feira (24/06) punições rigorosas para os servidores do governo e parlamentares envolvidos em irregularidades nas licitações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em esquema revelado pela Operação João de Barro, da Polícia Federal. Bernardo disse que o governo "não vai compactuar" com crimes ao afirmar que o "inferno" será o destino dos corruptos. "Não podemos compactuar com isso, seja no PAC, nas emendas parlamentares ou em projetos financiados pelo governo. É crime e tem que ser tratado dessa forma. Acho que falando em recursos para habitação e saneamento, não sei se essas pessoas vão parar na cadeia, mas no inferno tenho certeza que vão", afirmou. Bernardo disse, no entanto, que o PAC não precisa de fraudes em licitações ou ações de tráfico de influência para ser executado pelo governo. "Todos sabem que o PAC tem os seus recursos naturalmente liberados. Não tem cabimento falar em ajuda, comissão ou propina para atender a liberação dos recursos. Não tem necessidade de lobby." Segundo o ministro, o governo federal investiga as denúncias do esquema desvendado pela PF por meio da CGU (Controladoria Geral da União). "Fraude é assunto de polícia e de Justiça", afirmou. Na maior operação realizada em 2008, a Polícia Federal prendeu na sexta-feira suspeitos de integrar uma quadrilha que fraudava contratos e desviava recursos públicos de obras com verbas federais, parte delas incluída no PAC. A PF apura a participação dos deputados João Magalhães (PMDB-MG) e Ademir Camilo (PDT-MG) no esquema e pediu a prisão de 31 prefeitos. Segundo as investigações, R$ 700 milhões já teriam sido repassados, por meio de emendas parlamentares ou convênios com ministérios, às obras irregulares que envolvem 119 prefeituras em sete Estados. As investigações começaram antes do PAC, mas segundo a PF parte das obras irregulares foi incluída em 2007 no principal programa do governo Lula.

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