Politica

Presidente proíbe troca de acusações entre a pasta das Cidades e a Caixa

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postado em 25/06/2008 11:19
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enquadrar o ministro das Cidades, Márcio Fortes, e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho. Proibiu-os de discutir em público sobre qual órgão tem de responder pelos desvios de verbas descobertos na Operação João de Barro da Polícia Federal, realizada na sexta-feira passada. Lula teme que o caso contamine a imagem do PAC. Age para impedir tal dano. Primeiro, porque o programa é fundamental na estratégia política e eleitoral do governo. Segundo, porque tem um carinho especial pelo PAC e acredita que o programa vai colocá-lo, na história brasileira, no mesmo patamar do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Como ficou claro em cerimônia realizada ontem no Palácio do Planalto, a estratégia é desvincular o PAC das denúncias. Não à toa, Fortes foi o primeiro a receber uma reprimenda. O governo não gostou de ele ter atacado a Caixa, responsabilizando-a pela fiscalização do dinheiro repassado a estados e municípios. Para o presidente, Fortes, ao fazer isso, ajudou a trazer as eventuais irregularidades cometidas para o colo do governo federal. Teria cometido um grave erro, sobretudo porque a primeira avaliação feita no Planalto esbanjava tranqüilidade. ;A Polícia Federal descobriu irregularidades que envolviam prefeituras de todos os partidos e agiu com presteza. Isso é bom para o governo;, diz um ministro. Ao jogar para a Caixa a responsabilidade, Fortes mudou o foco do caso. Saíram os prefeitos e entrou o banco federal. Ontem, depois do anúncio da liberação de mais R$ 1,8 bilhão para saneamento e habitação, o ministro baixou o tom do discurso. ;O que ocorreu foi um equívoco. Não briguei com a presidente da Caixa, por quem tenho o maior respeito. Continuamos sendo a dupla MF do PAC;, disse, referindo-se às iniciais de seu nome e da presidente da Caixa. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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