postado em 27/06/2008 17:54
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, admitiu nesta sexta-feira dificuldade para formalizar a aliança entre os partidos que formam o bloquinho - PDT, PC do B e PSB - e o PT, que tem Marta Suplicy como pré-candidata à Prefeitura de São Paulo.
Paulinho disse que até teve que fumar um "cachimbo da paz" com o deputado Aldo Rebelo (PC do B) para fechar a aliança. Assim como Paulinho, Aldo também era pré-candidato a prefeito pelo bloquinho mas aceitou a vaga de vice de Marta. "Tive até que fumar um cachimbo da paz com o deputado Aldo Rebelo para formar a aliança", disse Paulinho, durante discurso no ato de lançamento oficial da aliança em um hotel de São Paulo.
Paulinho sustentou sua pré-candidatura até ser acusado de envolvimento no suposto esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atualmente ele responde a um processo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.
Hoje, durante o lançamento da aliança, Paulinho sentou-se ao lado de Marta e de Aldo e, ao discursar, criticou a administração do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). "A minha expectativa é que é que essa aliança consiga regularizar a situação dos vendedores ambulantes, porque a gestão atual trata o camelô na porrada", disse Paulinho.
Questionado sobre a possibilidade de as denúncias interferirem na campanha em São Paulo, o deputado disse que "não atrapalha" e que uma pesquisa encomendada por ele mostra que sua imagem melhorou junto ao eleitorado. Marta e Aldo também não demonstraram constrangimento com a situação de Paulinho e tiraram fotos juntos de mãos dadas.
Sobre a situação de Paulinho, Marta disse que ninguém pode ser julgado antes da hora. Aldo ressaltou que a Câmara está investigado o caso a pedido do próprio Paulinho, que colocou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição da Polícia Federal. Aldo disse ainda que a aliança é com o PDT e não exclusivamente com o deputado investigado.