postado em 29/06/2008 15:09
Depois de perder substância devido à cooptação de muitos de seus prefeitos por partidos da base governista ; dos quase 800 eleitos em 2004, restariam cerca de 500 ;, o DEM acredita que o futuro da legenda está nos grandes centros urbanos e não nas pequenas e médias cidades, que sempre foram as bases de sustentação da legenda. ;Nós vamos crescer nessas eleições em número de prefeituras e votos por causa do desempenho nas capitais;, avalia o presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), que aposta todas as fichas nas eleições municipais de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Palmas, Aracaju, Belém e Porto Alegre, onde a legenda tem candidato próprio.
A jóia da coroa do antigo PFL é a prefeitura de São Paulo, que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) herdou quando o governador tucano José Serra chegou ao Palácio dos Bandeirantes . ;Minha avaliação é muito otimista em relação a São Paulo porque um prefeito sempre larga em vantagem quando disputa a reeleição. Kassab terá muitas realizações para mostrar no horário eleitoral e deve ultrapassar Alckmin, chegando ao segundo turno contra Marta Supicy;, aposta o ex-deputado Saulo Queiroz, tesoureiro da Executiva nacional.
Rio
Situação semelhante, segundo Rodrigo Maia, é a do Rio de Janeiro, onde o DEM lançou a deputada federal Solange Amaral (RJ) como candidata à sucessão do prefeito Cesar Maia. A preservação do controle da administração da cidade pelo DEM é considerada muito difícil, mas a disputa está pulverizada e o candidato favorito, o senador Marcelo Crivella (PRB), acabou alvejado por uma bala perdida no episódio em que um tenente do Exército entregou três jovens moradores do Morro da Previdência aos traficantes do Morro da Mineira, que os assassinaram. O Exército guarnecia um projeto denominado ;Cimento Social;, de autoria do candidato do PRB e executado pelo Ministério das Cidades.
Mas as maiores esperanças de vitórias do DEM estão em seus redutos mais tradicionais, Salvador e Recife. A candidatura do deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto a prefeito de Salvador pode representar a ressurreição do ;carlismo;, que parecia definitivamente derrotado com a chegada do petista Jaques Wagner ao governo estadual e a morte do senador Antônio Carlos Magalhães. Por ora, ACM Neto polariza a disputa com o tucano Antônio Imbassahy, enquanto o prefeito João Henrique (PMDB), candidato à reeleição, e o deputado federal Walter Pinheiro (PT) correm o risco de ficar fora do segundo turno.
Em Recife, a polarização entre Mendonça Filho, ex-secretário de governo de Jarbas Wasconcelos, e Cadoca (PSC), também anima a legenda. O candidato do prefeito João Paulo (PT), o petista João da Costa, até agora não decolou. Já em Fortaleza, o ex-deputado Morini Torgan(DEM) lidera a disputa contra a prefeita Luizianne Lins (PT), que tenta a reeleição. Outro reduto tradicional é Florianópolis, onde o partido aposta suas fichas na candidatura do jovem deputado Cesar Souza Junior, em segundo lugar nas pesquisas. Em Palmas, a deputada Nilmar Ruiz (DEM) conta com o apoio do governador Marcelo Miranda (PMDB).