Politica

Partidos trabalham para conseguir doações que ajudem candidaturas

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postado em 30/06/2008 12:04
Dinheiro não é tudo, mas ajuda muito nas campanhas municipais do Entorno do Distrito Federal. A estratégia dos partidos para as eleições deste ano deve partir de uma análise dos resultados de 2004, tanto nas urnas como nas contas bancárias dos comitês eleitorais. A campanha mais cara na região foi a de Célio da Silveira (PSDB). Ele arrecadou R$ 768 mil, fez 47 mil votos e foi eleito prefeito de Luziânia (GO). Com orçamento de R$ 19,2 mil, o seu principal adversário, Francisco Viana da Silva (PT), fez 23,4 mil votos. Ao todo, os candidatos a prefeito de 21 municípios de Goiás e Minas próximos ao DF arrecadaram R$ 2,9 milhões. A campanha mais barata entre os vitoriosos foi a de Antônio Nazaré Melo (PSDB), eleito prefeito de Cabeceira Grande (MG). Ele obteve doações no valor de R$ 22 mil e obteve 1.598 votos. Foi eleito para governar uma cidade com 6.294 habitantes, com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 56 milhões. A campanha que teve o voto unitário mais caro foi a de Daniel Duarte (PTB), prefeito de Padre Bernardo (GO). Ele recebeu R$ 286 mil e conseguiu 5.516 votos, uma média de R$ 51,8 por voto. Seguindo o mesmo raciocínio, o voto mais barato foi o de Artamir Mendonça (PFL), prefeito de Pirenópolis. Foram 6.427 votos para uma arrecadação de apenas R$ 48,6 mil. Cada voto custou R$ 7,57. Em Águas Lindas (GO), o dinheiro não foi decisivo. José Pereira Soares (PFL) foi eleito com arrecadação de 294 mil. Geraldo Queiroz (PL) recebeu R$ 353 mil, mas ficou em segundo lugar. A campanha mais cara, a de Luziânia, é semelhante a de prefeitos eleitos em cidades de porte médio, como Caxias do Sul (RS), Campos (RJ), São José do Rio Preto (SP) e Aracaju. As campanhas de Padre Bernardo e Cidade Ocidental (GO) ficam na média de cidades como Marília (SP), Colatina (ES) e Olinda (PE). Doações Nas câmaras de vereadores do Entorno, o caixa de campanha também não é tudo. A campanha mais cara para a Câmara Municipal de Padre Bernardo foi a de Edson Ribeiro (PL). Ele arrecadou R$ 14 mil, fez 235 votos e foi eleito vereador. Uma média de R$ 59,78 por voto. Francisco Amaro dos Santos (PSDB), que fez 280 votos, declarou que nada recebeu de doações, mas também foi eleito. Outros cinco eleitos declararam ter recebido R$ 140 em contribuições. Em Luziânia, Humberto Roriz Solano (PMDB) gastou R$ 153 mil e fez 2.666 votos na disputa pela Câmara Municipal, uma média de R$ 57,7 por eleitor. A campanha mais barata entre os vereadores eleitos naquele município foi a de Geraldo Viana da Silva (PMN). Ele gastou R$ 1,3 mil e fez 1.243 votos, pouco mais de R$ 1 por eleitor. Adilson Mazzocco (PDT) foi eleito vereador em Valparaíso com 512 votos. Ele gastou R$ 14,9 mil, um custo médio de R$ 29,23 por voto. Vital Pessoa Neto (PTB) fez quase o mesmo número de votos (487), mas com uma arrecadação bem mais modesta: R$ 1,15 mil. Também foi eleito. Em Formosa, Itamar Barreto (PL) gastou R$ 53,8 mil, conseguiu 1.372 votos e foi eleito. A média ficou em R$ 39,27 por eleitor. O mandato mais barato foi o de Dijair Geraci (PP). Ele arrecadou R$ 2,1 mil e fez 1.092 votos. Nilson Ferreira da Mota (PTN) teve a campanha mais cara de Águas Lindas. Gastou R$ 21 mil e obteve apenas 390 votos. Ficou como suplente. Luís de Aquino Pereira (PRTB) gastou R$ 2,48 mil, fez 612 votos e ficou com o mandato. Em Unaí (MG), Junei de Melo (PPS) gastou R$ 10 mil e não foi eleito. Fez só 753 votos. Aparecido Viturino (PSDB) gastou apenas R$ 1,6 mil, fez 1.397 votos e assegurou o mandato.

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