Politica

Paulinho marca defesa oral para dia 8 e indica ministro como testemunha

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postado em 30/06/2008 15:06
Acusado de desviar recursos do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico Social), o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), faz sua defesa oral no Conselho de Ética da Câmara no dia 8. Na próxima semana também, o relator do caso, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), pretende convocar as testemunhas de acusação na ação. Alvo das acusações, o deputado federal negou seu envolvimento e disse ser vítima de perseguição. Na relação de testemunhas de defesa, Paulinho indicou o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento), o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o coronel reformado da Polícia Militar Wilson Consani Júnior e João Pedro de Moura, que foi seu assessor. Na última sexta-feira, prazo limite para a entrega da defesa por escrito, Paulinho enviou o documento. Nele, o deputado argumentou que a ação por quebra de decoro parlamentar, encaminhada pela Corregedoria Geral da Câmara, foi baseada em matérias jornalísticas que não apresentam comprovação das denúncias. A reportagem apurou que na reunião de quarta-feira (2) o relator vai apelar aos conselheiros para que compareçam a Brasília durante o recesso legislativo de julho e também no período de esvaziamento do Congresso --nos meses que antecedem as eleições municipais. A idéia é manter o ritmo dos trabalhos para garantir a conclusão do processo de Paulinho até o dia 15 de setembro. PF A reportagem apurou que Piau leu a defesa de Paulinho, mas aguarda para receber até amanhã o relatório completo das investigações realizadas pela Polícia Federal. A PF conduziu a Operação Santa Tereza, que desbaratou uma quadrilha supostamente formada por empresários, policiais e servidores que desviava recursos do BNDES. Gravações telefônicas associariam o deputado federal ao esquema de irregularidades. A escuta feita com ordem judicial na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, indicou que o consultor João Pedro de Moura, preso em abril, tratou com representantes do Ministério dos Esportes em nome de Paulinho. Mas, na defesa escrita, o deputado federal não entra nos detalhes revelados pela escuta telefônica. Segundo Paulinho, as gravações foram feitas de forma clandestina e não deveriam ser consideradas. Acusação Antes das testemunhas de defesa sugeridas por Paulinho, o Conselho de Ética vai ouvir pelo menos quatro pessoas arroladas como integrantes da acusação. Mas entre os nomes há dois que coincidem com as sugestões apresentadas por Paulinho: Consani Júnior e João Pedro de Moura. A mulher de Paulinho, Elza de Fátima Costa Pereira, também será convidada pelo conselho para prestar depoimento como testemunha de acusação. Em depoimento à PF, a mulher do deputado deu explicações sobre um depósito na conta da ONG Meu Guri, que é presidida por ela. A instituição é acusada de receber R$ 37,5 mil do conselheiro do banco estatal João Pedro Moura, preso pela Polícia Federal e apontado pela Procuradoria da República como um dos principais responsáveis pelo esquema.

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