Politica

DEM deve arquivar processo contra vice-governador do RS

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postado em 04/07/2008 19:41
A Executiva Nacional do DEM deverá aprovar o arquivamento da representação do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) que pede a expulsão do vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó (DEM). Apesar do arquivamento, será publicada uma nota oficial do partido em defesa da ética e condenando o método de divulgação de conversas, como Feijó fez com um colega de governo do Rio Grande do Sul. Interlocutores afirmam que o relator do caso no DEM, deputado André de Paula (DEM-PE), pretende concluir seu parecer sobre o processo até a próxima quarta-feira (8). Mas a tendência é que o presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), convoque uma reunião para discutir e votar o assunto apenas na última semana de atividades legislativas do semestre, próximo ao dia 17. No parecer De Paula afirmará que a expulsão de Feijó do DEM é uma medida considerada muito extrema, uma vez que o vice-governador durante seu período no partido jamais cometeu deslizes. Porém, deverá ressaltar que o ato cometido por Feijó, ao divulgar uma conversa que manteve com um colega de governo, deve ser repreendido. De Paula deverá afirmar também que a iniciativa de Feijó foi provocada por sua intenção de advertir sobre supostos atos irregulares que ocorriam no governo de Yeda Crusius (PSDB). Denúncias Nos últimos meses, o governo do Rio do Sul passa por uma grave crise política que foi acentuada com a divulgação de gravações feitas por Feijó. O vice-governador divulgou gravação de uma conversa em que o ex-chefe da Casa Civil do Estado Cézar Busatto admite o uso de estatais no financiamento de campanhas. Segundo Feijó, existiriam ainda cópias de e-mails e planilhas da época da campanha que o elegeu vice de Yeda, sua adversária política. Esses documentos comprovariam suas denúncias. No esforço de conter a crise, a governadora instaurou um governo de transição, pediu que os secretários estaduais colocassem os cargos à disposição e ainda obteve o apoio do Diretório Nacional do PSDB. A crise causou também a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira foi apresentado o relatório final da comissão no qual Yeda é excluída de eventuais punições. Porém, a oposição à governadora no Estado pretende apresentar um parecer alternativo sugerindo seu indiciamento.

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