Politica

Paulinho se equivocou, afirma advogado

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postado em 09/07/2008 12:13
O advogado Leônidas Scholz afirmou que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) equivocou-se ao dar detalhes da relação entre João Pedro Moura, assessor da Força Sindical, e a ONG Meu Guri, presidida por Elza de Fátima Pereira, mulher do parlamentar. Paulinho deu versão contraditória nesta quarta-feira (09/07) em depoimento ao Conselho de Ética sobre o apartamento de Moura e o dinheiro revertido para a instituição. O deputado do PDT disse que o antigo assessor não doou o imóvel, mas repassou uma procuração de venda à Elza. "Houve um equívoco na denominação. Não houve uma doação houve uma procuração para vender, como a venda não foi concretizada, ele decidiu fazer a doação dos R$ 37,5 mil", disse Scholz após o depoimento de Paulinho ao colegiado. Na terça-feira, o pedetista havia dado uma versão completamente diferente: houve a doação e os R$ 37,5 mil é o valor pago por Moura para recomprar o imóvel, no valor de R$ 80 mil, que havia acumulado anos de dívida tributária e de taxas de manutenção. "Chegou um momento que a minha esposa disse: 'Não vou ficar com esse apartamento, vou devolver para o João e ele se vira com esse negócio'. Só que ela não podia simplesmente dar o apartamento de volta porque não era mais dela, era das crianças (da ONG). Daí, ela pediu para que ele pagasse uma parte do apartamento e os R$ 37 mil são referentes ao restante", disse Paulinho em depoimento na terça. O relator do processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), considerou não ter havido versão contraditória. Durante o depoimento desta quarta, o pedetista sugeriu abrir o sigilo do inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Paulinho disse estar sendo prejudicado pelos documentos que não podem ser revelados. "Eu estou sendo prejudicado, parece que estou querendo esconder alguma coisa. E não estou escondendo nada. Não há nenhum fato concreto contra mim", disse o parlamentar em depoimento ao colegiado nesta quarta. Para analisar o inquérito sigiloso, o Conselho de Ética realizará uma sessão secreta com data a ser marcada, por sugestão do relator.

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