Politica

Tarso e Corrêa negam que PF monitorou gabinete de presidente do Supremo

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postado em 11/07/2008 15:48
O ministro Tarso Genro (Justiça), e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, negaram nesta sexta-feira (11/07) que existam investigações envolvendo o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. Tarso e Corrêa atribuíram essas informações a plantações de intrigas e fofocas. "[Na conversa com Mendes] Eu disse até que tem alguém, a mando de alguém, que não se sabe quem é, que está plantando provavelmente uma intriga. Não é a Polícia Federal", disse Tarso. "Portanto, tem alguém plantando [intrigas]. É a plantação de alguma tentativa de desgaste da relação entre os Poderes, mas isso não tem a mínima importância nem é verdadeiro." Segundo informa o Painel, editado por Renata Lo Prete, publicado nesta sexta-feira na Folha, a Polícia Federal monitorou o gabinete do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, a pedido do juiz federal Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Tarso e Corrêa conversaram com Mendes para desmentir as informações e colocar a PF à disposição do presidente do Supremo. O ministro da Justiça disse ainda ter conversado com Sanctis, que negou ter sugerido investigações envolvendo o presidente do STF. O diretor da PF reiterou que não há necessidade de instaurar uma sindicância para apurar o suposto envolvimento da PF em investigações envolvendo Mendes porque essa ação não ocorreu. "Isso é a mais uma dessas tantas fofocas em torno dessa operação [Satiagraha] que estão circulando pela mídia. Não há qualquer ato nisso", afirmou ele. Crise Tarso e Corrêa rebateram também que esteja ocorrendo uma crise entre o Judiciário, o Ministério Público, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal. "As nossas relações com o STF são boas e estáveis, o que existe atualmente não é divergência entre o Ministério da Justiça e o STF. Existe uma divergência jurídica e técnica entre o juiz da primeira instância e o Supremo", disse o ministro da Justiça. Tanto o ministro como o diretor da PF afirmaram também ter colocado o serviço dos policiais à disposição do presidente do Supremo. Mas Tarso disse que não houve nenhum apelo de Mendes nesse sentido. "Não tem desconforto [entre a PF e o STF] está tudo dentro da normalidade", disse Corrêa. Para Tarso, a discussão gerada em torno do assunto foi provocado pelo "debate" político, que é comum considerando as atribuições de cada um dos Poderes, no caso, o Judiciário e o Executivo.

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