postado em 12/07/2008 15:50
Durante a semana de balanço e projeções que o governo promoveu nos últimos dias foram anunciadas metas, programas e até os nomes de coordenadores das ações prioritárias no segundo semestre do ano. Mas os ajustes não devem parar por aí. O governador José Roberto Arruda (DEM) fará mais alterações nos próximos dias, muitas delas no âmbito das administrações regionais com a possibilidade, inclusive, de mudanças de nomes.
Para as alterações que serão decididas ao longo do mês de julho duas situações vão pesar: a performance dos administradores e os acordos políticos costurados com os deputados da base. No início do governo, Arruda anunciou que daria mais autonomia para os gestores das cidades do DF. A partir da próxima semana, cada administrador terá a prerrogativa de liderar os processos de reforma das escolas públicas que estão em situação deteriorada. Para isso, as obras no valor total de R$ 150 mil serão conduzidas de forma descentralizada, contratadas por meio de carta-convite, uma das modalidades de licitação.
Insatisfação
Imaginava-se que a descentralização diminuiria a dor de cabeça com problemas muito setorizados e aumentaria a eficiência das administrações. Mas avaliações regulares feitas pelo próprio governo constataram que em algumas cidades os moradores se dizem insatisfeitos com a condução administrativa. Para atacar o problema, Arruda pretende injetar um pouco mais de recursos nas regionais. Mas a tendência é de que as cobranças aumentem na mesma proporção. A partir de agosto, o governo vai reservar R$ 2 milhões para serem divididos entre as 19 cidades do DF.
Além do desempenho dos administradores, devem pesar também os acertos políticos entre Arruda e os parlamentares. É previsível que o retorno de dois deputados que atuavam na condição de secretários ; Eliana Pedrosa (DEM) e Raimundo Ribeiro (PSL) ; provoque algum tipo de mudança na composição das administrações. O suplente de distrital Raad Massouh (DEM) já foi mais de uma vez sondado pelo governo para assumir a administração de Sobradinho. Mas agora com as chances de Eliana permanecer no Legislativo, é possível que Raad repense o convite. Antes que isso aconteça, terá de haver um acerto com Raimundo Ribeiro, que também tem base eleitoral em Sobradinho.
A expectativa é de que haja outras mudanças. O problema é que alguns administradores indicados por deputados distritais perderam seus padrinhos políticos. Os motivos são diversos. Em alguns casos, eles não demonstraram eficiência para atender aos interesses dos parlamentares. Há situações também de traições e por isso o afilhado terá a cabeça cortada pelo Executivo a pedido do próprio distrital. (LT e AMC)