postado em 14/07/2008 17:41
O chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho, confirmou nesta segunda-feira (14/7) haver conversado por telefone, em 28 de maio, com o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) advogado do sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas. Ele admitiu que fez contatos com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência atendendo a pedido do petista, mas negou ter procurado o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF). As declarações constam de uma nota divulgada nesta tarde pela Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência.
Transcrição telefônica da PF da conversa entre Carvalho e Greenhalgh mostra que o ex-deputado pediu informações sobre quem seguia, no Rio, após ter deixado os filhos na escola, o cliente dele Humberto Braz, ex-diretor da Brasil Telecom, apontado pela polícia como um dos intermediários da tentativa de suborno ao delegado federal Vitor Hugo para obtenção de informações da investigação sobre o Opportunity.
No comunicado, o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República relata que Greenhalgh lhe telefonou para pedir a confirmação de que um policial a serviço do governo havia seguido Braz, cuja identidade Carvalho afirmou desconhecer na ocasião. Segundo o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, o policial, interceptado pela polícia do Rio, mostrou documentos apresentando-se como tenente da Polícia Militar (PM) de Minas Gerais a serviço da Presidência da República.
Carvalho declarou que procurou o GSI e foi comunicado de que o tenente estava credenciado no Gabinete de Segurança, mas o trabalho que realizava "não tinha nada a ver com o cidadão citado" (Braz). "Repassei pelo telefone esta informação ao dr.
Greenhalgh, que, na ocasião, pediu que eu obtivesse mais informações junto à Polícia Federal", afirmou o chefe do Gabinete Pessoal, no texto, completando: "Como já havia dado a informação essencial ao advogado, que dizia respeito à segurança pessoal do seu cliente, não fiz contato algum nem com o Ministério da Justiça e nem com a direção ou qualquer integrante da Polícia Federal, conforme já declarado pelas respectivas autoridades.