postado em 14/07/2008 17:53
Qualquer pedido de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que venha a ser feito pelos procuradores regionais da República, dificilmente vai prosperar no Senado, responsável pela condução das investigações e de um possível julgamento do presidente da Suprema Corte.
A tese é defendida pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que praticamente descartara o andamento no Senado de tal proposta. Para outros parlamentares de lideranças partidárias, a avaliação é mais amena.;Todos os segmentos têm que ir com calma neste momento. A discordância do Ministério Público não pode levar direto a um pedido de impeachment contra o Gilmar Mendes;, avalia o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, o presidente do STF conta com um ;conceito alto; no Senado e, em tese, dificilmente tal proposta deve prosperar.
Já o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), qualificou a atitude do Ministério Público como ;precipitada;. Acrescentou que o Senado julgar um eventual pedido de impeachment contra Gilmar Mendes ;não é como ir a uma esquina e comprar limão;.
O senador Demóstenes Torres, promotor público de carreira, taxou de ;ridículo; o movimento dos procuradores. ;Um pedido de impeachment significaria que ele é suspeito. O Ministério Público está extrapolando. O Gilmar Mendes sempre foi uma pessoa não querida pelo Ministério Público;, afirmou o parlamentar. Para o senador de Goiás a chance de um processo como esse prosperar na Casa ;é zero;. Segundo ele, "trata-se de uma atitude política, que só tem como objetivo constranger o ministro;, disse Demóstenes Torres.